sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Não sei nada de mim...

A vida tem laboriosamente me trabalhado para ceifar a poesia das minhas veias. Há muito tempo os verbos para me definir sempre se resumem a agressiva, egoísta, nefasta e instável.
Eu pouco digo do que sinto, sempre há um esforço para modular a liberdade que em mim habita. Há um esforço sobre-humano para que eu permaneça a mulher inacabada e incompleta. Quero colocar o pé na estrada e partir em direção ao sol.
Não há vontade de permanecer aqui. Escutar o vento e partir. Nas madrugadas procuro o som da minha respiração e vejo a tela do net book se abrir em sorriso, esperando engolir as palavras que produzo. Nunca serei poeta, serei sempre aquela que tece em busca da trama de muitos fios que tragam a certeza de que não sei a direção a tomar.

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