quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Amanhecendo todos os dias.

Todas as manhãs o movimento é o mesmo. Abrir janelas, respirar o ar seco do cerrado e vibrar com o sol. Isso pode parecer um nada para quem é ainda jovem, mas quando atingimos a plenitude dos anos 40 e 50 temos um prazer imenso de estarmos vivas e pulsando.
Nosso corpo já reage diferente às emoções, aos impactos e temos consciência da importância desse veículo material.
Fico feliz sempre que sou abordada por pessoas de todas as idades e me chamam de "senhora" e ao mesmo tempo sorriem para mim afirmando que sou jovem. Agora mesmo estou escrevendo aqui e dançando com música baiana nos fones.
Sou feliz porque trago no corpo as marcas da minha história, das histórias que ouvi de outras mulheres que me formaram. Amo a liberdade de pensar, mesmo com todos os discursos que introjetei e incorporei ao meu.
Amando ou não, sou uma mulher que me projeto, que me lanço, porque tenho vida e tenho sonhos.

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